No calor infernal do fim de um verão insano
As janelas parecem ferver com a luz que entra
E as cadeiras já não nos cofortam.
É necessário andar e andar
Nem a mais gélida água fará sucumbir o calor
Porque a luz que entrou contaminou nossos corpos
Acostumados à penumbra revitalizante.
Agora os sucos das maçãs degeneradas nos faram arder
Até que sinos batam avisando a hora da pouca luz de novo.
E nesse tempo, iremos nós contemplar a noite fresca outra vez.
E a festa dos corpos nos fará explodir.
As árvores da noite contemplarão o clarão do nosso sol macabro.
E os gatos gemerão nossa alegria.
E como os gatos viveremos...
Na ousadia da penumbra...deleitando os ares das noites
Surrupiando os olhos maduros
E sussurrando a excitação e o gozo dos céus negros.
A nulidade de pés sem rumos nos levarão para longe do calor.
Fidem suam alicui dare.
Tessy Greek