quarta-feira, 13 de junho de 2012

dolo


Então é isso. A sucessão de um fim.
Um fim agonizante, intenso, frio, forte demasiado.
A cada olhar ao teto manchado de chuva,
Um soluço impiedoso.
A cada viagem ao passado inglório,
Uma dor sepulcral.
Uma Overdose de dor sepulcral.
A teia da desilusão está tecida
Nas paredes desta casa esfumaçada.
Os pilares estão a ruir... irão cair...
Sobre as cabeças de quem prometeu ficar
Para cuidar do jardim das rosas mortas.
E quando somente a energia fluida restar,
Nem as lágrimas das lembranças
Trarão o cheiro da carne luruxienta de volta.
Porque o tempo não encarnará sua ampulheta uma outra vez.
Não há mais porque ter esperanças...
O futuro tão ensejado não virá.
O segredo tornou-se o jantar e o desjejum.
Há sangue de pulsos pelas paredes,
E um livro entoa sentimentos obscuros..
A mentira maldita vive
Na boca de hipocritas semimortos
que não suportam o fardo de minha dor...
E a alma descrente que escreve o tédio doloroso
Pede o exílio para os mares ácidos de outros universos
Para encontrar noutras almas
Um alívio lacrimal..um suspiro de vida, de verdade.

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